Jun-2020
Quem não se recorda de quando nossos pais diziam em nossas cabeças “Não leia no escuro. Você vai forçar os olhos.” ?
Analisando a maneira excessiva que muitos escritórios e lojas são iluminados, pode-se inferir que as mesmas frases foram ditas a seus proprietários.
Além de não obter a aparência desejada no local e de desperdiçar energia, alguns danos na saúde são ocasionados pelo excesso de luz – dor de cabeça frequente é o mais comum. Uma iluminação excessiva pode acarretar fadiga ocular, enxaquecas, dores de cabeça e, até mesmo, fadiga e estresse.
De acordo com a Sociedade de Engenharia de Iluminação da América do Norte (IESNA), para tarefas típicas de escritório, recomenda-se uma iluminância média de 300 a 400 lux. Alguns fatores, como a idade do ocupante, podem exigir uma iluminância um pouco maior. Nesses casos, aconselha-se uma fonte de luz adicional e direcionada durante a execução das tarefas controlados por esse usuário. No Brasil, a Norma “ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho” estabelece os valores de iluminação médias mínimas para a iluminação artificial em interiores.
Antigamente, pensava-se que um escritório necessita de pelo menos 700 lux de iluminância média, o que hoje, depois de muitos estudos, sabe-se que não é o correto.
No entanto um valor ou método não serve para todos. Um design proposital requer uma compreensão mais profunda do local e das tarefas a serem realizadas no mesmo. As regras padronizadas, muitas vezes, podem não se aplicar. Por isso, conhecer as singularidades de cada ambiente é fundamental.
Projetar um espaço com uma iluminação geral boa e adequada para cada tarefa realizada pelos ocupantes ajudará as pessoas a se sentirem mais confortáveis e a terem uma experiência muito melhor. Muita luz é, geralmente, o resultado de pouco conhecimento.